TSF

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Estado de " CITIUS"

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sindicato dos Magistrados exige suspensão de informática da Justiça


Com base nas conclusões de um relatório da empresa portuguesa Trusted Technologies, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) exigiu hoje a suspensão dos sistemas informáticos da Justiça.


Será que também está a ser espiado?
Um comunicado do SMMP lembra que o relatório da Trusted demonstrou que as redes informáticas do Estado e, em especial, a da Justiça são inseguras. Pelo que exige ao ministério da Justiça a suspensão imediata das aplicações que suportam as actividades nos tribunais, notários e outras repartições.

Na semana passada, um relatório da Trusted Technologies revelou que a rede de computadores GhostNet conseguiu infiltrar-se no "ambiente" informático da Justiça.

Para chegarem a esta conclusão, os investigadores da Trusted levaram a cabo uma intrusão, mas desta feita, na própria Rede GhostNet. E foi assim que descobriram "documentos e informação sensível do Ministério de Justiça"; "documentos e informação sensível da Direcção-Geral de Registos e Notariado"; "Programas proprietários e internos do Ministério da Justiça, como Habilus, Sitaf"; "diversos documentos e e-mails, de uma embaixada portuguesa assim como descrições de procedimentos internos"; "documentos da Polícia Judiciária", pode ler-se na página da Trusted Technologies .

Com base na informação relatada após as investigações dos especialistas de segurança, o SMMP exige ao Governo que proceda a suspensão imediata dos sistemas informáticos da Justiçam, a fim de evitar a perda de dados úteis para os processos e investigações criminais em curso.

O relatório da Trusted Technologies foi realizado, após a publicação de uma investigação do Centro Munk e do SecDevGroup, do Canadá, (ver Exame Informática 167).

Este primeiro estudo revela que a GhostNet chegou a serviços e departamentos governamentais de 103 países, tendo por objectivo seguir os passos do líder tibetano Dalai Lama.

Portugal não escapou à vaga de ataques. A primeira intrusão terá tido início na embaixada portuguesa na Índia.

A origem dos ataques é, oficiosamente, atribuída à China.

Os autores do relatório da Trusted consideram "estranho" que as autoridades portuguesas neguem as intrusões de que os respectivos serviços foram alvo.



Continua a confiar na rede informática do Estado? Diga de sua Justiça.

(Fonte: Revista exame)