TSF

terça-feira, 23 de março de 2010

Inquérito sobre 'Bloody Sunday' arquivado 12 anos depois


O inquérito público sobre o Domingo Sangrento (Bloody Sunday) de 30 de Janeiro de 1972 na Irlanda do Norte, quando foram mortos 14 manifestantes católicos pelas tropas britânicas, está encerrado, depois de doze anos de trabalhos, afirmou hoje fonte oficial.

A comissão Saville, que ficou com o nome do seu presidente, lorde Mark Saville, pôs um ponto final ao seu relatório, com cerca de cinco mil páginas, depois de ter ouvido mais de 900 testemunhos desde que foi criada, em 1998.

"O tribunal deu hoje o seu aval definitivo a este relatório", afirmou a equipa de inquérito, em comunicado. No entanto, a publicação do documento vai esperar.

O ministro britânico na Irlanda do Norte, Shaun Woodward, disse, diante do parlamento londrino, que é preciso primeiro verificar junto dos serviços que a publicação do relatório não representa um perigo para a segurança nacional.

"Uma vez terminado o processo de verificação, poderá ser determinada uma data para a publicação", explicou, admitindo que não deverá acontecer antes das legislativas agendadas para 06 de maio, no Reino Unido.

"Se for evidente que não é possível publicar o relatório antes da dissolução do parlamento, o tribunal deverá conservá-lo até uma data posterior às eleições", afirmou Woodward.

A 30 de Janeiro de 1972, em Londonderry, no Noroeste da Irlanda do Norte, 14 homens sem armas foram abatidos por atiradores britânicos enquanto se manifestavam pela defesa dos direitos civis dos católicos.

Um primeiro inquérito, feito na época, validou a versão militar dos factos, ilibando as tropas britânicas, que argumentaram ter apenas ripostado ao fogo dos manifestantes.

Em 1998, debaixo da pressão da opinião pública e dos familiares das vítimas, o então primeiro ministro britânico, Tony Blair, confiou ao juiz Mark Saville a tarefa de descobrir a verdade.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Advogados dos países de expressão portuguesa reúnem-se num congresso em Lisboa

A União dos Advogados de Língua Portuguesa (UALP), organiza nos dias 22 a 24 de Março, o congresso «Os desafios da advocacia de língua portuguesa num mundo sem fronteiras». A sessão solene de boas-vindas terá lugar no dia 22 de Março pelas 19h30, no Salão Nobre da Ordem dos Advogados. Serão oradores os Bastonários das Ordens dos Advogados de Angola e de Portugal, bem como Jorge Sampaio, ex-Presidente da República Portuguesa, e Diogo Freitas do Amaral, ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros. O encerramento da cerimónia conta com a actuação do grupo Fadvocal, constituído por advogados que cantam fado.

Nos dias 23 e 24 de Março os participantes debruçar-se-ão sobre temas como «As Prerrogativas dos Advogados como Garantias dos Cidadãos», «O Sigilo Profissional do Advogado» e «A Inscrição Obrigatória». As intervenções ficarão a cargo do ex-ministro da Cultura, António Pinto Ribeiro e de Daniel Proença de Carvalho.

A União dos Advogados de Língua Portuguesa (UALP), integra as Ordens dos Advogados de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, bem como a Associação dos Advogados de Macau. A organização estima a presença de cerca de 500 advogados provenientes dos oito países de expressão oficial portuguesa, e de Macau.

FONTE: Jornal de São Tomé