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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Advogados homenageiam Daniel Andrade

«Um homem bom», «dedicado» e com «uma grande dificuldade em dizer não a alguém». Assim era Daniel Andrade, nas palavras de Carlos Ferrer, que o sucedeu na presidência do Conselho Distrital da Ordem dos Advogados (OA), quando o seu estado de saúde se agravou, acabando por falecer a 12 de Agosto, com 51 anos. Hoje, a partir das 17h00, Daniel Andrade será homenageado na sede do Conselho Regional, numa cerimónia onde marcarão presença, entre outros, António Arnaut e os ex-bastonários Rogério Alves e Pires de Lima.

Será uma tarde de «emoções», com Carlos Ferrer a destacar a evocação que irá marcar o arranque da iniciativa. Segue-se a inauguração de uma exposição de fotografia de Rui Gouveia, o descerramento de uma placa na biblioteca, a colocação de uma fotografia na galeria dos presidentes e a actuação do Coro Advocal.

Para o actual presidente do Conselho Regional - que se mantém no mandato até ao final de 2010 -, falar de Daniel Andrade é fácil. «Lidei com ele muitos anos», adiantou ao Diário de Coimbra, salientando que se tratava de um homem de «um óptimo relacionamento», que a nível pessoal, quer profissional. Aliás, Carlos Ferrer diz mesmo que não conhece ninguém «que não gostasse» do seu antecessor, que tinha a particularidade de «não criar atritos». No Conselho Distrital, por exemplo, quando se deparava com um problema «procurava soluções consensuais», privilegiando a «máxima abertura» e uma forma «democrática» de trabalhar, o que fazia com que criasse «uma grande empatia com os colegas do Conselho Distrital», lembra.

Com uma «dedicação impressionante» à advocacia, Daniel Andrade destacou-se no Direito Comercial. A sua passagem pela OA - primeiro como tesoureiro nos mandatos de 1999 a 2001 e de 2002 a 2004 e, depois como presidente do Conselho Regional, a partir de 2005 - merece, na perspectiva de Carlos Ferrer, três apontamentos especiais.

Ainda na altura da presidência de José Augusto Ferreira da Silva, «introduziu uma revolução na gestão financeira no Conselho Distrital, adaptando-o às novas exigências», adiantou, acrescentando que Daniel Andrade foi também um dos grandes impulsionadores da construção da sede, na Quinta D. João, acompanhando todo o processo. Já como presidente, apostou na descentralização, para que «todos os advogados do distrito tivessem uma voz».

Natural de Castro Daire, Viseu, Daniel Andrade licenciou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e foi nesta cidade que sempre exerceu a actividade. Era casado, pai de um casal e cumpria o seu mandato como presidente do Conselho Distrital da OA. Faleceu a 12 de Agosto de 2009, nos Hospitais da Universidade de Coimbra.

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